Olá irmãos de Fé. faz tempo que não atualizo esse blog, mas agora é uma razão nobre.
Desde 2018 ministro toda quarta-feira o curso Sabedoria de Umbanda, na Tenda de Umbanda Ogum Beira Mar em Jacareí/SP.
Com a chegada do infame Covid-19, respeitamos e incentivamos o isolamento social, então passamos a realizar no curso online. Quem quiser conferir as aulas, basta entrar no meu perfil no Facebook (https://www.facebook.com/sergiomusettijr) ou na da TUOBM (/beiramarjacarei) e participar conosco ao vivo, mandando suas perguntas ou apenas assistindo o conteúdo.
Amanhã (06/05) teremos uma aula especial falando sobre Preto Velho. Todo texto deste blog sobre nossos amados e amadas vozinhos e vozinhas será condensado em um conteúdo exclusivo.
E como daqui 15 dias lançarei meu livro chamado Apó, amanhã quem estiver ao vivo poderá ganhar uma cópia do e-book antes do lançamento.
Quem quiser saber mais sobre as lives ou o livro, me mande um zap no 11 99913-5474.
Axé
COCAR - Casa de Oração Caminhos de Aruanda
terça-feira, 5 de maio de 2020
quinta-feira, 8 de agosto de 2019
"Aquele médium não tem Guia" - xiiii
Bom dia povo do Axé.
A postagem de hoje é sobre uma situação que acontece em vários terreiros e, por mais que possa parecer algo simples de lidar, o resultado muitas vezes acaba sendo muito pior do que imaginamos.
Estamos falando daquele médium que tem a curiosa mania de apontar para os seus irmãos de fé e dizer "fulano não tem guia" ou "eu tenho visão e ali não tem guia nenhum". Sim, estamos falando do médium tagarela sem ética e inseguro. Aquele médium que se acha a última bolacha do pacote, mas nada mais é do que um bebê engatinhando pra trás com a Espiritualidade.
A primeira coisa que temos que analisar é o simples fato de que NÃO EXISTE como provar que alguém está ou não incorporado. Se alguém diz que "tem visão" para enxergar os espíritos, qual a prova que temos que ele está falando a verdade ou mentindo tanto quanto a pessoa que ele acusa de estar mistificando? Nenhuma, simplesmente porque tudo relacionado a fé, não se prova. Ou se tem fé ou não se tem fé. E quando alguém alega categoricamente que fulano "não tem guia", esse tagarela está entrando e também causando o que chamamos de desequilíbrio da Fé, que mexe com nada mais nada menos do que as forças de Oxalá, o regente da Umbanda. Então, amigo e/ou amiga tagarela, reveja seu posicionamento pois quando você aponta o dedo para alguém que está em processo de incorporação, você está apontando o dedo para o nariz de Oxalá.
Eu tenho um teste bastante simples que identifica se um médium tem mesmo essa tal visão mediúnica e também se trabalha 100% inconsciente, e posso garantir que não existe médium com essa mega visão hoje perto de mim. Leiam bem, NÃO EXISTE ISSO!!!!!! Já fiz o teste e confirmou o que eu já suspeitava, então posso garantir que o médium que garante que vê tudo e todos lá do "outro lado" ou fala muita groselha, ou é inseguro.
Mas como assim, Sergio? Inseguro porque? Resposta simples... todo médium é uma pessoa (dãr, jura?) e existem pessoas que são seguras de si e pessoas que são inseguras. As pessoas que julgam as outras como esporte são, via de regra, extremamente inseguras, e usam esse artifício para se destacarem. A pessoa não consegue méritos para si devido suas atitudes, então decide diminuir os outros para que desta forma fique "acima". Ou seja, é uma pessoa boba, infantil.
Reparem que as pessoas que se colocam nessa posição de "novos Chico Xavier" são geralmente médiuns novos na religião (ou seja, não possuem a experiência necessária para seu crescimento) ou médiuns "pajeados"por alguém (marido e mulher, namorados, pais e filhos, etc) e bastante mimado.
A dica que quero deixar é simples: se você está em uma Casa Santa para praticar a Caridade, então comece com quem está ao seu lado. Não julgue seu irmão, não o acuse de coisas que você NUNCA conseguirá provar. Se preocupe em ser uma pessoa melhor, pois somente assim você será um médium melhor, e todo médium bom sabe que quem julga é Deus e os Orixás, não nós, seres falhos feitos de carne e pouca fé.
Axé irmãos.
A postagem de hoje é sobre uma situação que acontece em vários terreiros e, por mais que possa parecer algo simples de lidar, o resultado muitas vezes acaba sendo muito pior do que imaginamos.
Estamos falando daquele médium que tem a curiosa mania de apontar para os seus irmãos de fé e dizer "fulano não tem guia" ou "eu tenho visão e ali não tem guia nenhum". Sim, estamos falando do médium tagarela sem ética e inseguro. Aquele médium que se acha a última bolacha do pacote, mas nada mais é do que um bebê engatinhando pra trás com a Espiritualidade.
A primeira coisa que temos que analisar é o simples fato de que NÃO EXISTE como provar que alguém está ou não incorporado. Se alguém diz que "tem visão" para enxergar os espíritos, qual a prova que temos que ele está falando a verdade ou mentindo tanto quanto a pessoa que ele acusa de estar mistificando? Nenhuma, simplesmente porque tudo relacionado a fé, não se prova. Ou se tem fé ou não se tem fé. E quando alguém alega categoricamente que fulano "não tem guia", esse tagarela está entrando e também causando o que chamamos de desequilíbrio da Fé, que mexe com nada mais nada menos do que as forças de Oxalá, o regente da Umbanda. Então, amigo e/ou amiga tagarela, reveja seu posicionamento pois quando você aponta o dedo para alguém que está em processo de incorporação, você está apontando o dedo para o nariz de Oxalá.
Eu tenho um teste bastante simples que identifica se um médium tem mesmo essa tal visão mediúnica e também se trabalha 100% inconsciente, e posso garantir que não existe médium com essa mega visão hoje perto de mim. Leiam bem, NÃO EXISTE ISSO!!!!!! Já fiz o teste e confirmou o que eu já suspeitava, então posso garantir que o médium que garante que vê tudo e todos lá do "outro lado" ou fala muita groselha, ou é inseguro.
Mas como assim, Sergio? Inseguro porque? Resposta simples... todo médium é uma pessoa (dãr, jura?) e existem pessoas que são seguras de si e pessoas que são inseguras. As pessoas que julgam as outras como esporte são, via de regra, extremamente inseguras, e usam esse artifício para se destacarem. A pessoa não consegue méritos para si devido suas atitudes, então decide diminuir os outros para que desta forma fique "acima". Ou seja, é uma pessoa boba, infantil.
Reparem que as pessoas que se colocam nessa posição de "novos Chico Xavier" são geralmente médiuns novos na religião (ou seja, não possuem a experiência necessária para seu crescimento) ou médiuns "pajeados"por alguém (marido e mulher, namorados, pais e filhos, etc) e bastante mimado.
A dica que quero deixar é simples: se você está em uma Casa Santa para praticar a Caridade, então comece com quem está ao seu lado. Não julgue seu irmão, não o acuse de coisas que você NUNCA conseguirá provar. Se preocupe em ser uma pessoa melhor, pois somente assim você será um médium melhor, e todo médium bom sabe que quem julga é Deus e os Orixás, não nós, seres falhos feitos de carne e pouca fé.
Axé irmãos.
Abertura de Novos Terreiros
Olá pessoas do Axé. Depois de um tempo parado (MUITAS coisas sendo resolvidas), decidi voltar a postar alguns textos neste blog. O tema hoje é algo que vejo acontecer de forma bastante recorrente, que é a abertura de um terreiro de Umbanda.
Estamos passando por um momento onde terreiros são abertos como se abre uma pastelaria, onde se não der certo é fechado e parte para um novo empreendimento. O problema é que a carga de responsabilidade em se abrir uma Casa Santa é MUITO maior do que se pensa, e não dá pra simplesmente abrir e fechar se der errado.
Eu já pensei em abrir um terreiro? Claro... muitas vezes, aliás, mas aí eu lembro de todas as responsabilidade que eu teria que ter querendo ou não, e acabo desistindo, afinal de contas temos que ser honestos com nossas vontades e limitações. Eu até falo a respeito de eventualmente ter um chão pra receber os Guias e praticar minha forma de Caridade, mas fica mais naquele papo de bar do que em ações práticas.
O que me deixa assustado é quando essas ideias mirabolantes acabam se tornando verdade. Atualmente eu trabalho na Tenda de Umbanda Ogum Beira Mar em Jacareí. Essa cidade é pequena (tem algo em torno de 180 mil habitantes) e mesmo assim existem cerca de 200 terreiros de Umbanda. Quando analisamos o perfil desses terreiros, vemos que menos de 1/3 deles são antigos e/ou dirigidos por médiuns experientes, com a devida caminhada na religião que chancela seu sacerdócio. A maioria avassaladora dos terreiros são novos e dirigidos por pessoas de muita boa vontade, sim, mas sem nenhuma experiência que justifique abrir uma Casa Santa.
Se antigamente os terreiros trabalhavam de uma forma bastante similar, o que vemos hoje é uma imensidão de casas agindo de forma diferente, o que denota que via de regra o que leva uma pessoa a abrir seu terreiro não é a vontade de praticar a Caridade, mas uma discordância com o antigo Pai ou Mãe de Santo. Analisem se não é verdade isso... a pessoa trabalha em um terreiro em que a Mãe de Santo fala determinada coisa. O médium não concorda com essa coisa e ao invés de tentar entender o que porque daquilo ou argumentar de uma forma a chegar em um denominador comum, decide se afastar e abrir seu próprio terreiro.
Só que o médium TÃÃÃOOO inteligente não consegue entender que a sua Mãe de Santo ou Pai de Santo passou por muita coisa pra chegar naquela conclusão, e não pegou aquilo em livros ou no Pai Google de Aruanda. Aí o médium fulo da vida abre seu Terreiro baseado em que? Na Caridade? Não... baseado na FALTA DE HUMILDADE em ter se negado a escutar os mais experientes. Ou seja, abre tudo menos uma Casa Santa, e aí começa seu declínio, porque todos sabemos que o que derruba o médium é a vaidade.
Só que não para por aí. O que é ruim pode ficar sempre pior. Esse novo pai de santo (com letra minúscula mesmo) antes de abrir seu terreiro (também com letra minúscula) começa a denegrir a imagem do seu antigo Pai ou Mãe de Santo para os seus filhos, pincelando situações pontuais e fazendo tudo que NÃO se espera de um umbandista, que é ser o COVARDE que age pelas costas. Isso faz com que o novo pai de santo (ainda com letra minúscula) se cerque de bons médiuns ou de pessoas influenciáveis e problemáticas? Reparem que que aceita essa situação ou é novo na religião (ou seja, acredita até na magia do Saci Pererê) ou está passando por algum problema relativamente grave.
Como a Espiritualidade vê essa situação? Com bons olhos? Claro que não. A Espiritualidade Amiga, aquela de alta vibração que acompanha toda Casa Santa, não vai simplesmente aceitar algo construído na intriga, na mentira, na falta de humildade. Os Guias de Luz não aceitam isso, então adivinhem quem vai trabalhar nesse terreiro (ainda em minúsculo heim) novo? Vocês podem imaginar... começa com K e termina com "umba".
Mas Sergio, então quer dizer que não podemos abrir um terreiro novo? É errado? Claro que não... aliás, muito pelo contrário. Todo Terreiro (agora, sim, com letra maiúscula) é mais um local de atendimento caridoso. Mas pra fazer isso a pessoa tem que ter experiência (10 anos ali na lida diária com a Espiritualidade é uma referência de tempo); tem que estar assessorada por outros umbandistas (kardecista entende de Espiritismo e candomblecista de Candomblé); tem que fazer todo o ritual para o sacerdócio (vou explicar em outro texto do que se trata) e, acima de tudo, tem que ser humilde para conversar com seu Pai ou Mãe de Santo e receber a benção para iniciar sua nova jornada.
Lembrem que se você agiu pelas costas antes de abrir seu terreiro, não poderá reclamar quando acontecer a mesma coisa contigo. E acredita vai acontecer e você ser merecedor da queda que certamente virá.
Texto pesado né? Prometo que o próximo será mais leve.
Axé irmãos.
Estamos passando por um momento onde terreiros são abertos como se abre uma pastelaria, onde se não der certo é fechado e parte para um novo empreendimento. O problema é que a carga de responsabilidade em se abrir uma Casa Santa é MUITO maior do que se pensa, e não dá pra simplesmente abrir e fechar se der errado.
Eu já pensei em abrir um terreiro? Claro... muitas vezes, aliás, mas aí eu lembro de todas as responsabilidade que eu teria que ter querendo ou não, e acabo desistindo, afinal de contas temos que ser honestos com nossas vontades e limitações. Eu até falo a respeito de eventualmente ter um chão pra receber os Guias e praticar minha forma de Caridade, mas fica mais naquele papo de bar do que em ações práticas.
O que me deixa assustado é quando essas ideias mirabolantes acabam se tornando verdade. Atualmente eu trabalho na Tenda de Umbanda Ogum Beira Mar em Jacareí. Essa cidade é pequena (tem algo em torno de 180 mil habitantes) e mesmo assim existem cerca de 200 terreiros de Umbanda. Quando analisamos o perfil desses terreiros, vemos que menos de 1/3 deles são antigos e/ou dirigidos por médiuns experientes, com a devida caminhada na religião que chancela seu sacerdócio. A maioria avassaladora dos terreiros são novos e dirigidos por pessoas de muita boa vontade, sim, mas sem nenhuma experiência que justifique abrir uma Casa Santa.
Se antigamente os terreiros trabalhavam de uma forma bastante similar, o que vemos hoje é uma imensidão de casas agindo de forma diferente, o que denota que via de regra o que leva uma pessoa a abrir seu terreiro não é a vontade de praticar a Caridade, mas uma discordância com o antigo Pai ou Mãe de Santo. Analisem se não é verdade isso... a pessoa trabalha em um terreiro em que a Mãe de Santo fala determinada coisa. O médium não concorda com essa coisa e ao invés de tentar entender o que porque daquilo ou argumentar de uma forma a chegar em um denominador comum, decide se afastar e abrir seu próprio terreiro.
Só que o médium TÃÃÃOOO inteligente não consegue entender que a sua Mãe de Santo ou Pai de Santo passou por muita coisa pra chegar naquela conclusão, e não pegou aquilo em livros ou no Pai Google de Aruanda. Aí o médium fulo da vida abre seu Terreiro baseado em que? Na Caridade? Não... baseado na FALTA DE HUMILDADE em ter se negado a escutar os mais experientes. Ou seja, abre tudo menos uma Casa Santa, e aí começa seu declínio, porque todos sabemos que o que derruba o médium é a vaidade.
Só que não para por aí. O que é ruim pode ficar sempre pior. Esse novo pai de santo (com letra minúscula mesmo) antes de abrir seu terreiro (também com letra minúscula) começa a denegrir a imagem do seu antigo Pai ou Mãe de Santo para os seus filhos, pincelando situações pontuais e fazendo tudo que NÃO se espera de um umbandista, que é ser o COVARDE que age pelas costas. Isso faz com que o novo pai de santo (ainda com letra minúscula) se cerque de bons médiuns ou de pessoas influenciáveis e problemáticas? Reparem que que aceita essa situação ou é novo na religião (ou seja, acredita até na magia do Saci Pererê) ou está passando por algum problema relativamente grave.
Como a Espiritualidade vê essa situação? Com bons olhos? Claro que não. A Espiritualidade Amiga, aquela de alta vibração que acompanha toda Casa Santa, não vai simplesmente aceitar algo construído na intriga, na mentira, na falta de humildade. Os Guias de Luz não aceitam isso, então adivinhem quem vai trabalhar nesse terreiro (ainda em minúsculo heim) novo? Vocês podem imaginar... começa com K e termina com "umba".
Mas Sergio, então quer dizer que não podemos abrir um terreiro novo? É errado? Claro que não... aliás, muito pelo contrário. Todo Terreiro (agora, sim, com letra maiúscula) é mais um local de atendimento caridoso. Mas pra fazer isso a pessoa tem que ter experiência (10 anos ali na lida diária com a Espiritualidade é uma referência de tempo); tem que estar assessorada por outros umbandistas (kardecista entende de Espiritismo e candomblecista de Candomblé); tem que fazer todo o ritual para o sacerdócio (vou explicar em outro texto do que se trata) e, acima de tudo, tem que ser humilde para conversar com seu Pai ou Mãe de Santo e receber a benção para iniciar sua nova jornada.
Lembrem que se você agiu pelas costas antes de abrir seu terreiro, não poderá reclamar quando acontecer a mesma coisa contigo. E acredita vai acontecer e você ser merecedor da queda que certamente virá.
Texto pesado né? Prometo que o próximo será mais leve.
Axé irmãos.
terça-feira, 30 de abril de 2019
Caridade de Verdade
Com a frase "Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da Caridade", o Caboclo das Sete Encruzilhadas anunciou a Umbanda em 1908. Sempre que converso com outros umbandistas, percebo que existe um consenso entre todos de que praticar a caridade é fundamental para ser um praticante de nossa amada religião.
O que eu sempre me questiono (e que meu Pai Oxossi nunca tire isso de mim) é como definir o que é caridade e, principalmente, como se praticar esta tal caridade que tanto falamos. Será que entregar presente numa comunidade carente no Dia das Crianças, por exemplo, basta? Sou caridoso quando levo prato de sopa para os moradores de rua, e isso me basta? O que me define como alguém caridoso?
O primeiro conceito de caridade é um ato pelo qual beneficiamos o próximo, sem esperar nada em troca, para nos conduzirmos a Deus. Caridade, portanto, é uma virtude teologal em seu nascedouro. Logicamente eu concordo em partes com este conceito, porque não creio que praticar a caridade seja necessariamente algo que tenha um objetivo religioso, senão colocaríamos contra a parede e renegaríamos as práticas caridosas de ateus, o que em estudos passados vimos que em muitas vezes se entregam em ajudas ao próximo.
Entendo, portanto, que a caridade não seja algo religioso, mas que tem referência direta a promoção da elevação moral do individuo, ou seja, sua reforma íntima, que nada mais é do que um posicionamento que devemos ter de nos tornarmos pessoas melhores baseado em nossas atitudes diárias, de forma constante. Acho interessante frisar o "de forma constante", porque entraremos no cerne do que imagino que deva nortear o que define alguém caridoso.
É claro que existem momentos que conseguimos mobilizar mais a sociedade para realizarmos ações de maior escala, como entrega de ovo de Páscoa, presentes no Natal e Dia das Crianças, e coisas do gênero (essas ações devem continuar sempre), mas do que adianta escolhermos a dedo quem ajudar e quando ajudar? Será que alguém que maldiz o próximo ou que se nega a estender a mão no dia-a-dia tem condição de se dizer alguém caridoso porque duas ou três vezes ao ano vai para uma Comunidade entregar presentes e afins? Será que esses dias pontuais são mais importantes que suas atitudes diárias?
Vejamos um exemplo prático: eu tenho a possibilidade de vivenciar experiências diárias com diversas pessoas, tanto a nível profissional, quanto pessoal e religioso. Dificilmente alguma dessas pessoas fala "eu não sou caridoso"; muito pelo contrário. Existe uma constante necessidade de bater no peito e dizer "eu faço caridade" ou "temos que ter gratidão" (que é um termo que invariavelmente se refere à caridade). Há não muito tempo aconteceu algo comigo que reflete de forma clara esta situação. Uma pessoa que eu respeito muito (muito mesmo, ao ponto de não citar seu nome nesse texto) e é umbandista, passou uma semana inteira falando sobre praticar a caridade, dizendo que todos temos a obrigação de nos doarmos em ações sociais por sermos umbandistas. O discurso era muito bonito e impactante e deveria ser, sim, seguido por todos, mas infelizmente ficava nisso mesmo: um discurso. No dia seguinte ao discurso mais inflamado de todos, eu precisei da ajuda dessa pessoa. Pedi textualmente que ela me ajudasse e tinha a certeza absoluta que seria atendido. Eu não precisava de dinheiro ou de algo parecido; eu precisava de conselho, precisava de colo. Algo simples e que pode ajudar muito outra pessoa, mas que me foi negado justamente por quem brada contra quem não ajuda ao próximo. Vejam a incoerência do discurso de quem se diz caridoso em contraponto às suas atitudes práticas.
O caso acima é um entre tantos outros exemplos que vivencio diariamente e de inúmeros outros casos de pessoas que compartilham suas experiências comigo. Existe um abismo colossal entre aquilo que se prega com aquilo que se faz. O umbandista que nega colo a outra pessoa, seja ela quem for, não é caridoso quando se embrenha numa favela pra tirar foto com os mais necessitados. Isso não é caridade, isso é hipocrisia.
Esta hipocrisia, no entanto, não é exclusividade de um ou de outro. Infelizmente a regra prática que norteia nossa sociedade é a falsidade. Sei que isso é algo pesado para se dizer, mas façamos uma reflexão. Quantas vezes não dizemos que é errado falar mal de outra pessoa, mas no momento seguinte estamos fazendo exatamente isso? Aliás, quantas vezes não falamos "olha só como tal pessoa é, fica falando de fulano pelas costas e não tem coragem de falar na frente", mas fazemos isso justamente falando mal de quem fala mal. Vejam a incoerência; a falsidade. As famosas indiretas nas redes sociais (e eu mesmo faço isso direto) são as provas que não apenas vivemos em um mundo de falsidade, mas esse mundo só é falso porque NÓS SOMOS FALSOS. A pessoa verdadeiramente caridosa perdoa, não apenas no discurso, mas nas atitudes. A pessoa caridosa não guarda mágoas para o resto da vida. A pessoa caridosa não acredita que sua versão dos fatos é a verdade absoluta. A pessoa caridosa ama ao próximo, seja ele quem for e o que tenha feito. Aliás, ISSO é o que define a verdadeira Caridade dentro da Umbanda: fazer o bem ao próximo, SEJA ELE QUEM FOR, e sem esperar nada em troca.
É claro que nem sempre conseguiremos ser caridosos, afinal de contas estamos buscando nossa evolução, e os erros fazem parte do processo, mas sabendo disso, que precisamos evoluir sempre, temos a OBRIGAÇÃO te sermos melhores a cada dia. O umbandista não tem o direito de negar ajuda a quem quer que seja. O umbandista não pode se vangloriar de quando ajuda esta ou aquela pessoa. O umbandista não deve jugar o próximo, pois quando o faz está no mesmo nível que ele acha que o outro está (e eu quero deixar bastante caro que esse é um dos meus maiores defeitos). O umbandista não deve mostrar que faz algo para o próximo... o umbandista deve FAZER algo pelo próximo.
Se você leu este artigo e se sentiu atingido de alguma forma, então existe uma faísca de reflexão que deve ser assoprada todos os dias para que esta indignação se torne algo concreto em sua evolução. Não há vergonha em assumir seu erro, muito pelo contrário. A vergonha deve existir quando distorcemos o conceito base de nossa religião para nosso proveito, ou pelo nosso bel prazer.
Sejamos caridosos de verdade. Escutemos nossos irmãos e filhos. Se todo mundo segurar nas mãos um do outro, então teremos algo para comemorar. Enquanto isso não acontece, a decepção prevalece.
Axé, irmãos.
O que eu sempre me questiono (e que meu Pai Oxossi nunca tire isso de mim) é como definir o que é caridade e, principalmente, como se praticar esta tal caridade que tanto falamos. Será que entregar presente numa comunidade carente no Dia das Crianças, por exemplo, basta? Sou caridoso quando levo prato de sopa para os moradores de rua, e isso me basta? O que me define como alguém caridoso?
O primeiro conceito de caridade é um ato pelo qual beneficiamos o próximo, sem esperar nada em troca, para nos conduzirmos a Deus. Caridade, portanto, é uma virtude teologal em seu nascedouro. Logicamente eu concordo em partes com este conceito, porque não creio que praticar a caridade seja necessariamente algo que tenha um objetivo religioso, senão colocaríamos contra a parede e renegaríamos as práticas caridosas de ateus, o que em estudos passados vimos que em muitas vezes se entregam em ajudas ao próximo.
Entendo, portanto, que a caridade não seja algo religioso, mas que tem referência direta a promoção da elevação moral do individuo, ou seja, sua reforma íntima, que nada mais é do que um posicionamento que devemos ter de nos tornarmos pessoas melhores baseado em nossas atitudes diárias, de forma constante. Acho interessante frisar o "de forma constante", porque entraremos no cerne do que imagino que deva nortear o que define alguém caridoso.
É claro que existem momentos que conseguimos mobilizar mais a sociedade para realizarmos ações de maior escala, como entrega de ovo de Páscoa, presentes no Natal e Dia das Crianças, e coisas do gênero (essas ações devem continuar sempre), mas do que adianta escolhermos a dedo quem ajudar e quando ajudar? Será que alguém que maldiz o próximo ou que se nega a estender a mão no dia-a-dia tem condição de se dizer alguém caridoso porque duas ou três vezes ao ano vai para uma Comunidade entregar presentes e afins? Será que esses dias pontuais são mais importantes que suas atitudes diárias?
Vejamos um exemplo prático: eu tenho a possibilidade de vivenciar experiências diárias com diversas pessoas, tanto a nível profissional, quanto pessoal e religioso. Dificilmente alguma dessas pessoas fala "eu não sou caridoso"; muito pelo contrário. Existe uma constante necessidade de bater no peito e dizer "eu faço caridade" ou "temos que ter gratidão" (que é um termo que invariavelmente se refere à caridade). Há não muito tempo aconteceu algo comigo que reflete de forma clara esta situação. Uma pessoa que eu respeito muito (muito mesmo, ao ponto de não citar seu nome nesse texto) e é umbandista, passou uma semana inteira falando sobre praticar a caridade, dizendo que todos temos a obrigação de nos doarmos em ações sociais por sermos umbandistas. O discurso era muito bonito e impactante e deveria ser, sim, seguido por todos, mas infelizmente ficava nisso mesmo: um discurso. No dia seguinte ao discurso mais inflamado de todos, eu precisei da ajuda dessa pessoa. Pedi textualmente que ela me ajudasse e tinha a certeza absoluta que seria atendido. Eu não precisava de dinheiro ou de algo parecido; eu precisava de conselho, precisava de colo. Algo simples e que pode ajudar muito outra pessoa, mas que me foi negado justamente por quem brada contra quem não ajuda ao próximo. Vejam a incoerência do discurso de quem se diz caridoso em contraponto às suas atitudes práticas.
O caso acima é um entre tantos outros exemplos que vivencio diariamente e de inúmeros outros casos de pessoas que compartilham suas experiências comigo. Existe um abismo colossal entre aquilo que se prega com aquilo que se faz. O umbandista que nega colo a outra pessoa, seja ela quem for, não é caridoso quando se embrenha numa favela pra tirar foto com os mais necessitados. Isso não é caridade, isso é hipocrisia.
Esta hipocrisia, no entanto, não é exclusividade de um ou de outro. Infelizmente a regra prática que norteia nossa sociedade é a falsidade. Sei que isso é algo pesado para se dizer, mas façamos uma reflexão. Quantas vezes não dizemos que é errado falar mal de outra pessoa, mas no momento seguinte estamos fazendo exatamente isso? Aliás, quantas vezes não falamos "olha só como tal pessoa é, fica falando de fulano pelas costas e não tem coragem de falar na frente", mas fazemos isso justamente falando mal de quem fala mal. Vejam a incoerência; a falsidade. As famosas indiretas nas redes sociais (e eu mesmo faço isso direto) são as provas que não apenas vivemos em um mundo de falsidade, mas esse mundo só é falso porque NÓS SOMOS FALSOS. A pessoa verdadeiramente caridosa perdoa, não apenas no discurso, mas nas atitudes. A pessoa caridosa não guarda mágoas para o resto da vida. A pessoa caridosa não acredita que sua versão dos fatos é a verdade absoluta. A pessoa caridosa ama ao próximo, seja ele quem for e o que tenha feito. Aliás, ISSO é o que define a verdadeira Caridade dentro da Umbanda: fazer o bem ao próximo, SEJA ELE QUEM FOR, e sem esperar nada em troca.
É claro que nem sempre conseguiremos ser caridosos, afinal de contas estamos buscando nossa evolução, e os erros fazem parte do processo, mas sabendo disso, que precisamos evoluir sempre, temos a OBRIGAÇÃO te sermos melhores a cada dia. O umbandista não tem o direito de negar ajuda a quem quer que seja. O umbandista não pode se vangloriar de quando ajuda esta ou aquela pessoa. O umbandista não deve jugar o próximo, pois quando o faz está no mesmo nível que ele acha que o outro está (e eu quero deixar bastante caro que esse é um dos meus maiores defeitos). O umbandista não deve mostrar que faz algo para o próximo... o umbandista deve FAZER algo pelo próximo.
Se você leu este artigo e se sentiu atingido de alguma forma, então existe uma faísca de reflexão que deve ser assoprada todos os dias para que esta indignação se torne algo concreto em sua evolução. Não há vergonha em assumir seu erro, muito pelo contrário. A vergonha deve existir quando distorcemos o conceito base de nossa religião para nosso proveito, ou pelo nosso bel prazer.
Sejamos caridosos de verdade. Escutemos nossos irmãos e filhos. Se todo mundo segurar nas mãos um do outro, então teremos algo para comemorar. Enquanto isso não acontece, a decepção prevalece.
Axé, irmãos.
sexta-feira, 5 de abril de 2019
Morte Causadas por Policiais - Visão Umbandista
Olá povo do Axé. Peço desculpas pela ausência, mas estava bastante enrolado com trabalho e também na elaboração do Curso Sabedoria de Umbanda, que estamos realizando todas as quartas em Jacareí.
Ontem fui questionado por uma assistida (e também aluna do Curso) sobre o que acontece com alguém que, no exercício de sua função, acaba matando outra pessoa. Ela se baseou na triste notícia de que aqui perto, em Guararema, 11 assaltantes foram mortos após tentativa de roubo a 2 bancos.
Primeiramente precisamos entender que quando se tratar de Lei Espiritual (ou a Lei do karma), devemos esquecer as leis dos homens. Se a lei dos homens fosse a correta, existiria uma única para todos os países. Como não é assim (aliás, é bem o contrário), então para nossa evolução espiritual e nossa caminhada em paralelo com o que a Espiritualidade espera de nós, vale mais a Moral do que qualquer coisa.
Tudo aquilo que fazemos, seja bom ou ruim, gera uma consequência, a qual encontraremos de uma forma ou outra, cedo ou tarde. Quem tem atitudes boas, colherá bons frutos. Quem anda errado, colherá maus frutos. Parece cartesiano demais, porém é exatamente desta forma que funciona. Existem profissões que de uma forma natural, pelo seu objetivo e forma de atuação, coloca a pessoa em situações de provação muito maior que outras. O advogado possui ferramentas jurídicas e meios de eventualmente ludibriar um juiz, utilizando subterfúgios variados para tal, visando a soltura de alguém que cometeu um crime grave, por exemplo. Ele possui esta possibilidade, mas se faz ou não faz uso dela é o que define sua caminhada moral e ética perante a Espiritualidade.
Os policiais, no entanto, fazem parte de um grupo de pessoas que sofre todo o tipo de tentação o tempo inteiro. Infelizmente no Brasil o policial não é valorizado como deveria, então seu salário é muito baixo para o risco que corre. Sendo "agentes da lei", possuem acesso mais fácil a todo o tipo de pessoa, e quando falham com seu caráter, acabam se corrompendo. Quem aqui nunca leu pelo menos uma matéria falando sobre policiais corruptos? Mas quero aproveitar e deixar bastante claro que são EXCEÇÕES... a avassaladora maioria dos policiais são de bem e não se corrompem de forma alguma.
O que não pode ser evitado, no entanto, são os confrontos entre policiais e bandidos. Poderia, sim, ser evitado se nosso Estado se importasse mais com as condições da sociedade e não empurrassem as pessoas para o crime, mas como estamos muito longe disso, o fato é que o policial que está nas ruas pode a qualquer dia se ver diante de algum confronto que precise utilizar suas armas para se defender ou defender terceiros. E é aí que está o grande problema que precisamos ponderar.
Este caso de Guararema em específico se trata de uma emboscada que a PM realizou. Segundo o alto comando da corporação, a quadrilha estava sendo monitorada há mais de 4 meses, portanto existia uma certeza: o roubo aconteceria. Sendo assim, precisamos analisar quais as opções que os policiais tinham para cumprir sua obrigação. Não sou especialista em Segurança Pública ou algo do tipo, mas com 41 anos bem vividos, consigo dizer que quando há uma investigação para que um crime seja impedido e, além de não ser impedido (a quadrilha entou na agência bancária), ainda vemos a morte de 11 pessoas, algo aconteceu de errado.
Certa vez, Pai Tonico (Preto Velho que tenho a honra de conhecer há algum tempo) disse que todo mundo que atenta contra a sua vida ou a de terceiros, seja por qual motivo for, vai se acertar com a Espiritualidade, porque ninguém tem o direito de interromper uma criação Divina, e a vida das pessoas é a Sua maior criação. Vale lembrar que aquele traficante que vende uma droga pesada, sabendo que poderá causar a morte de alguém, por inúmeras consequências do abuso das drogas, também incorre contra a vida de outras pessoas, portanto é sabido que pagará por seus atos.
Voltando ao caso de Guararema, percebemos que existiam pelo menos duas possibilidades para amenizar o ocorrido:
Investigar e prender
Cercar os bandidos e rendê-los, que seria a solução mais plausível, já que eram 25 policiais contra 11 assaltantes.
Fazendo a coisa certa, o karma de cada um dos 25 policiais ficaria preservado (pelo menos por esta ação) e, presos, os bandidos poderiam rever suas ações até então. É claro que não sou ignorante nem inocente ao ponto de achar que todo bandido é curado na prisão, muitíssimo pelo contrário, mas a oportunidade seria dada.
Em conversa há muito tempo com Exu que trabalha na linha de Capa Preta, me foi dito que quando alguém é assassinado, especialmente se era pessoa encarnada de moral duvidosa (que é o caso desses assaltantes), existe uma grande possibilidade dele se tornar um espírito obsessor com o foco único e exclusivo de atormentar aqueles responsáveis pelo seu desencarne, tentando fazer com que aquela pessoa se mate. E o pior é que muitas vezes eles conseguem: a segunda profissão com maior número de suicídios é justamente a de policial. Além do stress natural da profissão, imaginem a situação de um policial que é atormentado constantemente pelos espíritos de quem matou (seja por qual for o motivo). É uma situação gravíssima e gera um ciclo cármico muito pesado. Vejamos:
O policial tira a vida de outra, portanto impede a "Evolução" dela.
O espírito, desequilibrado e raivoso, não consegue encontrar sua luz enquanto não ver a morte do policial.
O policial entra em depressão profunda e tira sua própria vida.
Desencarnado como suicida, vai pagar pelo tempo que ainda teria que viver, sofrendo na alma todos os males de um suicida.
Devemos, portanto, sempre evitar atentar contra a vida de quem quer que seja, e por qual for o motivo. Não compensa pelo fardo que carregaremos aqui deste lado e do lado de lá também. Claro que, no caso de policiais, muitas vezes existirá a única opção da utilização de arma de fogo, mas isso deve ser o último recurso.
Quero deixar no final uma frase dita pelo governador de estado de São paulo, João Dória, sobre este caso: "estão de parabéns os policiais que agiram e colocaram no cemitério mais dez bandidos". Quando um chefe de Estado comemora a morte de alguém (seja lá quem for), quer dizer que há algo de muito errado na sociedade, portanto devemos estar ainda mais firmes em nosso propósito da Paz e da Caridade. Não sejamos influenciados pelos que propagam o ódio.
Sejamos melhores.
Axé!
segunda-feira, 18 de março de 2019
Batismo na Cachoeira - TUOBM 17/03/2019
O batismo do umbandista é um dos rituais mais lindos que existe na religião. É simples, sem muita pompa, mas traz em cada gesto, em cada intenção, a beleza e a força de uma mudança de vida. O renascimento para a Umbanda é o renascimento da pessoa, pois a Umbanda em si é a mudança para melhor.
Participar do ritual de batismo, portanto, é um verdadeiro privilégio e me faz amar cada vez mais e mais nossa amada religião. Ontem, (17/03/2019) foi um dia especial, pois novamente tive a oportunidade de ser o padrinho na religião de duas pessoas que amo desde o dia que os conheci: Thamires, uma pessoa forte, com a personalidade que os filhos de Oxossi têm de sobra, aliado à doçura de Iemanjá. Carrega consigo a coroa dos líderes, e me sinto honrado em saber que sou o padrinho de uma das médiuns mais seguras de si que já conheci.
Paulo não é só Paulo. É Paulão e Pablito... uma das pessoas mais doces e caridosas que conheci em minha vida inteira. Seu senso de humor misturado com sua seriedade militar na condução dos assuntos polêmicos, o faz um Umbandista que traz em seus passos a retidão do Pai Ogum. Apadrinhar o Paulo é apadrinhar a Umbanda em sua forma mais pura.
Antes de compartilhar com vocês algumas das fotos e vídeos deste dia maravilhoso, gostaria de agradecer a minha Mãe de Santo, Jaimara Calegari, pela confiança e direcionamento, bem como a madrinha Virginia e a maezinha Pamela. Logicamente a todos os meus irmãos em Oxalá da Tenda de Umbanda Ogum Beira Mar, em especial aos "renascidos" Yuri, Brenda, Rosângela, Marcela, Camila.
Participar do ritual de batismo, portanto, é um verdadeiro privilégio e me faz amar cada vez mais e mais nossa amada religião. Ontem, (17/03/2019) foi um dia especial, pois novamente tive a oportunidade de ser o padrinho na religião de duas pessoas que amo desde o dia que os conheci: Thamires, uma pessoa forte, com a personalidade que os filhos de Oxossi têm de sobra, aliado à doçura de Iemanjá. Carrega consigo a coroa dos líderes, e me sinto honrado em saber que sou o padrinho de uma das médiuns mais seguras de si que já conheci.
Paulo não é só Paulo. É Paulão e Pablito... uma das pessoas mais doces e caridosas que conheci em minha vida inteira. Seu senso de humor misturado com sua seriedade militar na condução dos assuntos polêmicos, o faz um Umbandista que traz em seus passos a retidão do Pai Ogum. Apadrinhar o Paulo é apadrinhar a Umbanda em sua forma mais pura.
Antes de compartilhar com vocês algumas das fotos e vídeos deste dia maravilhoso, gostaria de agradecer a minha Mãe de Santo, Jaimara Calegari, pela confiança e direcionamento, bem como a madrinha Virginia e a maezinha Pamela. Logicamente a todos os meus irmãos em Oxalá da Tenda de Umbanda Ogum Beira Mar, em especial aos "renascidos" Yuri, Brenda, Rosângela, Marcela, Camila.
terça-feira, 12 de março de 2019
Incorporação Fora do Terreiro
Olá povo do Axé. Novamente um assunto que, apesar de polêmico, deve ser entendido por todos os médiuns, especialmente os mais novos, aqueles que estão há pouco tempo na religião e ainda aprendendo a entender sua mediunidade. Falaremos um pouco sobre incorporação fora do terreiro.
É relativamente comum chegar até o meu conhecimento o fato de algum médium ter sido visto recebendo um determinado guia em casa, numa balada, numa reunião na casa de algum amigo, etc. Sempre que alguém me traz essa informação, a primeira coisa que eu pergunto é quem era o médium. E eu não pergunto pra fofocar ou algo parecido, mas porque da mesma forma que existem mediunidades distintas, também existem médiuns distintos entre si. Não há como dizer que uma pessoa que começou ontem na religião esteja tão desenvolvido ou tão firme com sua mediunidade do que quem está há mais tempo trabalhando na Umbanda e conhecendo como sua mediunidade funciona.
Quando começamos o desenvolvimento mediúnico, fazemos dentro de um terreiro não por conveniência, mas principalmente por segurança. O terreiro é um local Sagrado, consagrado e PROTEGIDO. Só passa pelas defesas de um terreiro aquilo que os Guardiões da casa permitem, então quando um médium iniciante passa a ser desenvolvido, vai incorporar apenas guias de luz e, caso incorpore algum sofredor, por exemplo, serão casos pontuais que tem relação com seu karma, não com seu desenvolvimento mediúnico em si. Aos poucos, recebendo os Guias que o acompanham, o médium consegue identificar a energia do Preto Velho, do Exu, do Caboclo, do Boiadeiro e assim por diante, então tem o discernimento para identificar se ali está manifestado um Guia de Luz ou um zombeteiro qualquer. E isso é algo que conseguimos com o tempo e muito, muito treinamento (por isso a importância do desenvolvimento mediúnico dos terreiros).
Quando saímos do terreiro, temos condições, sim, de nos proteger, mas é algo muito pessoal e tem mais relação ao nosso comportamento enquanto médium (lembramos que somos umbandistas o tempo todo, não apenas nas giras). Quando usamos nosso Livre Arbítrio para dar passagem a algum espírito, temos que ter a plena consciência que estaremos muito menos protegidos do que se estivéssemos no terreiro, então existe uma grande possibilidade de recebermos um kiumba que, inteligente como muitos deles são, se passam por nossos Guias e nos enganam. Quando isso acontece é extremamente perigoso por inúmeros motivos, mas o principal é que o médium dá passagem para que seja manifestado um kiumba (que nada mais é do que um espírito de baixa vibração que sabe o que está fazendo e age errado de propósito), e esse obsessor faz o que??? Conversa com as pessoas e, muitas vezes, dão até consulta.
Percebam o tamanho do problema que existe em um ato de irresponsabilidade. O médium, mesmo que com as melhores das intenções, dá passagem para um obsessor que atende alguém que está com algum problema, e pode dar conselhos que vão piorar ainda mais a situação da pessoa. Pode ocorrer uma série de problemas um atrás do outro e todo aquele trabalho de firmeza que o Pai ou Mãe de Santo fez para ajudar o médium, seja jogado no ralo por conta disso.
Agora vejamos mais uma "coincidência". Acredito que perto de 90% dos casos de médiuns que incorporam fora do terreiro, especialmente na rua ou em baladas, estão sob efeito de drogas ou álcool (que nada mais é do que uma droga legalizada). Se no Terreiro, que é um local onde existe toda uma proteção baseada em fundamentos rígidos, não é permitido beber e incorporar, porque alguém em sã consciência acharia que é permitido fazer isso na rua ou em uma balada? Como diz o título de um excelente grupo de discussão que participo no Facebook, Umbanda TEM FUNDAMENTO, então abrace o fundamento de nossa religião e não incorpore fora do terreiro. Essa é uma situação ruim para todo mundo envolvida, não só para o médium que toma essa precária decisão.
Mas existem médiuns que conseguem incorporar fora do terreiro de uma forma consciente e segura? É caro que sim... mas mesmo com toda experiência do médium (e apenas os mais experientes conseguem), é sempre bom lembrar que os preceitos necessários para se dar passagem a um Guia de Luz são comuns a todos, independente de sua caminhada ou do cargo que exerça na religião, portanto incorporar em casa sob efeito de álcool é errado para qualquer pessoa. Não há distinção entre sacerdote ou um médium iniciante.
Quando há a incorporação em casa, além de ter que existir todo o preceito já estabelecido (não comer carne, não beber, não manter relação sexual, etc), também é necessário firmar a casa do médium com as forças que fazem a segurança de qualquer local; ou seja, tem que existir uma tronqueira muito bem cuidada para evitar surpresas.
Resumindo, não aconselho ninguém a dar passividade aos Guias de Luz que os acompanham fora do ambiente mais seguro e propício para tal atividade, que é o terreiro onde o médium trabalha. Se surgir uma situação onde você acredite que o Guia pode te ajudar, então firme o pensamento para ele e peça toda a ajuda necessária para ajudar quem precisa. Lembremos que somos médiuns o tempo todo e podemos (e DEVEMOS) estar sempre em comunhão com nossos guias, não precisando necessariamente incorporá-los.
Se for beber, não incorpore.
Axé
Obs: existem exceções, povo lindo.... EXCEÇÕES!
É relativamente comum chegar até o meu conhecimento o fato de algum médium ter sido visto recebendo um determinado guia em casa, numa balada, numa reunião na casa de algum amigo, etc. Sempre que alguém me traz essa informação, a primeira coisa que eu pergunto é quem era o médium. E eu não pergunto pra fofocar ou algo parecido, mas porque da mesma forma que existem mediunidades distintas, também existem médiuns distintos entre si. Não há como dizer que uma pessoa que começou ontem na religião esteja tão desenvolvido ou tão firme com sua mediunidade do que quem está há mais tempo trabalhando na Umbanda e conhecendo como sua mediunidade funciona.
Quando começamos o desenvolvimento mediúnico, fazemos dentro de um terreiro não por conveniência, mas principalmente por segurança. O terreiro é um local Sagrado, consagrado e PROTEGIDO. Só passa pelas defesas de um terreiro aquilo que os Guardiões da casa permitem, então quando um médium iniciante passa a ser desenvolvido, vai incorporar apenas guias de luz e, caso incorpore algum sofredor, por exemplo, serão casos pontuais que tem relação com seu karma, não com seu desenvolvimento mediúnico em si. Aos poucos, recebendo os Guias que o acompanham, o médium consegue identificar a energia do Preto Velho, do Exu, do Caboclo, do Boiadeiro e assim por diante, então tem o discernimento para identificar se ali está manifestado um Guia de Luz ou um zombeteiro qualquer. E isso é algo que conseguimos com o tempo e muito, muito treinamento (por isso a importância do desenvolvimento mediúnico dos terreiros).
Quando saímos do terreiro, temos condições, sim, de nos proteger, mas é algo muito pessoal e tem mais relação ao nosso comportamento enquanto médium (lembramos que somos umbandistas o tempo todo, não apenas nas giras). Quando usamos nosso Livre Arbítrio para dar passagem a algum espírito, temos que ter a plena consciência que estaremos muito menos protegidos do que se estivéssemos no terreiro, então existe uma grande possibilidade de recebermos um kiumba que, inteligente como muitos deles são, se passam por nossos Guias e nos enganam. Quando isso acontece é extremamente perigoso por inúmeros motivos, mas o principal é que o médium dá passagem para que seja manifestado um kiumba (que nada mais é do que um espírito de baixa vibração que sabe o que está fazendo e age errado de propósito), e esse obsessor faz o que??? Conversa com as pessoas e, muitas vezes, dão até consulta.
Percebam o tamanho do problema que existe em um ato de irresponsabilidade. O médium, mesmo que com as melhores das intenções, dá passagem para um obsessor que atende alguém que está com algum problema, e pode dar conselhos que vão piorar ainda mais a situação da pessoa. Pode ocorrer uma série de problemas um atrás do outro e todo aquele trabalho de firmeza que o Pai ou Mãe de Santo fez para ajudar o médium, seja jogado no ralo por conta disso.
Agora vejamos mais uma "coincidência". Acredito que perto de 90% dos casos de médiuns que incorporam fora do terreiro, especialmente na rua ou em baladas, estão sob efeito de drogas ou álcool (que nada mais é do que uma droga legalizada). Se no Terreiro, que é um local onde existe toda uma proteção baseada em fundamentos rígidos, não é permitido beber e incorporar, porque alguém em sã consciência acharia que é permitido fazer isso na rua ou em uma balada? Como diz o título de um excelente grupo de discussão que participo no Facebook, Umbanda TEM FUNDAMENTO, então abrace o fundamento de nossa religião e não incorpore fora do terreiro. Essa é uma situação ruim para todo mundo envolvida, não só para o médium que toma essa precária decisão.
Mas existem médiuns que conseguem incorporar fora do terreiro de uma forma consciente e segura? É caro que sim... mas mesmo com toda experiência do médium (e apenas os mais experientes conseguem), é sempre bom lembrar que os preceitos necessários para se dar passagem a um Guia de Luz são comuns a todos, independente de sua caminhada ou do cargo que exerça na religião, portanto incorporar em casa sob efeito de álcool é errado para qualquer pessoa. Não há distinção entre sacerdote ou um médium iniciante.
Quando há a incorporação em casa, além de ter que existir todo o preceito já estabelecido (não comer carne, não beber, não manter relação sexual, etc), também é necessário firmar a casa do médium com as forças que fazem a segurança de qualquer local; ou seja, tem que existir uma tronqueira muito bem cuidada para evitar surpresas.
Resumindo, não aconselho ninguém a dar passividade aos Guias de Luz que os acompanham fora do ambiente mais seguro e propício para tal atividade, que é o terreiro onde o médium trabalha. Se surgir uma situação onde você acredite que o Guia pode te ajudar, então firme o pensamento para ele e peça toda a ajuda necessária para ajudar quem precisa. Lembremos que somos médiuns o tempo todo e podemos (e DEVEMOS) estar sempre em comunhão com nossos guias, não precisando necessariamente incorporá-los.
Se for beber, não incorpore.
Axé
Obs: existem exceções, povo lindo.... EXCEÇÕES!
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