É comum escutarmos que aquilo que pensamos tem o poder de realizar. Se desejamos tanto que uma coisa aconteça, não apenas nossa fé, mas nossos pensamentos, geram uma energia positiva que acaba envolvendo aquela situação e nos ajuda, sim, a sermos atendidos. A contrapartida também é verdadeira; quantas e quantas vezes não vemos (ou nós mesmo agimos desta forma) pessoas que são tão negativas com tudo, que esse negativismo emanado acaba transformando a vida da pessoa em uma sequencia de cabeçadas uma atrás da outra.
Agora coloquemos essas situações não de forma isolada, mas fazendo parte de sociedades inteiras vibrando da mesma forma sobre alguma coisa durante anos e até séculos. A energia emanada é tanta, que é criada uma espécia de bolha energética sobre determinada situação, e essa bolha é tão forte e cheia de energia, que aquele sentimento ou pensamento coletivo acaba "se tornando verdade". Eu coloquei entre aspas pois é necessário entendermos algumas coisas bem importantes para a análise deste assunto. Comecemos pelo significado da palavra: "Holopensene" quer dizer holo + pen + sen + ene = conjunto (holo) de pensamentos (pen) que gera um sentimento (sen), o qual por sua vez gera uma respectiva energia (ene).
Um pensene é um pensamento decorrente de um sentimento, o qual, por sua vez, produz uma energia, moldada pela qualidade do pensamento que a concebeu. Um conjunto de pensenes gera esta bolha energética maior, que é o Holopensene, que pode ser positivo ou negativo.
Assim como nós temos nossa aura, os planetas possuem uma psicoesfera, que nada mais é que um volume energético de todas as corretes de pensamento, sentimentos e energias, desde os tempos mais remotos até o que vivenciamos e geramos atualmente, sejam sentimentos e energias voltadas para o bem ou para o mal; do elevado ao primitivo; do relevante a fútil. Todos esses pensamentos e sentimentos foram as mais diversas formas de holopensenes.
Todas as egrégoras são formadas de holopensenes elevadíssimos, consolidados ao longo de séculos e até milênios que formam a parte mais sadia da psicoesfera. Essas egrégoras (grupos de espíritos com a mesma afinidade positiva), são a parte positiva da balança, e são energizadas através dos bons pensamentos, a partir de uma vontade determinada.
Egrégoras são apenas formadas por bons pensamentos e sentimentos, então é errado dizer que existe uma "egrégora negativa" ou algo que o valha, sendo que o termo correto para se determinar um conjunto de pensamentos e sentimentos negativos é a "negrégora" que representa um holopensene negativo já consolidado.
Existem seis tipos de holopensene *positivos e negativos), e podemos identificá-los como sendo graus de intensidade desses pensamentos e sentimentos. Os três tipos são:
- Holopensene Positivo Fugaz: é algo pontual gerado em situações ocasionais. Dois amigos que se encontram e falam bem de uma terceira pessoa, que não está presente;
- Holopensene Positivo Semiconsolidado: geralmente comunidades que pensam da mesma forma (positiva) e geram, devido a isso, um sentimento compartilhado que envolve a todos de uma forma positiva e fica entre essas pessoas. Um exemplo: as primeiras comunidades cristãs no Império Romano;
- Holopensene Positivo Consolidado: são as egrégoras. Pensamentos e representações que há séculos e séculos se consolidam como foco de energia positiva. Um exemplo: a imagem de Jesus, o pentagrama a imagem de Buda, etc.
- Holopensene Negativo Fulgaz: é algo pontual gerado em situações ocasionais. Dois amigos que se encontram e falam mal de uma terceira pessoa, que não está presente;
- Holopensene Negativo Semiconsolidado: grupo de amigos que se reúnem há décadas em bares ou afins e nessas ocasiões falam mal de outras pessoas.
- Holopensene Negativo Consolidado: pensamentos e sentimentos que há séculos são associados à magia negra, à violência, à criminalidade, etc. A suástica nazista gera um holopensene negativo já consolidado.
Quando trazemos este conceito para nossa religião, conseguimos entender o que é aquilo que chamo de Magnetismo da Fé. O terço do Preto Velho não é apenas um crucifixo como qualquer outro. Ele é um crucifixo que, para os umbandistas, significa um elemento de fé daquela entidade. Quando um Preto Velho faz alguma oração para um assistido segurando seu terço, existe, além da anergia positiva da oração em si, também a energia positiva dispensada naquele ritual e por aquela entidade específica. O Universo entende aquele ritual e já está impresso na Egrégora de Umbanda, então o assistido acreditando ou não, ou o médium estando ou não "firme" com o Guia, aquele ritual será realizado dentro de uma egrégora já determinada. Existindo uma firmeza do médium aliado com a fé naquele ritual por parte do assistido, aquele ritual é potencializado e fica, a cada atendimento, um pouco mais consolidado junto ao Plano Astral.
Outro exemplo bastante interessante, são as ervas consagradas a determinado Orixá. Para um ateu, por exemplo, uma Espada de São Jorge nada mais é do que uma erva com propriedades determinadas em sua ciência. Dentro da egrégora de Umbanda, no entanto, os rituais de consagração da Espada de Jorge para Ogum é tão grande, que aquilo deixou de ser apenas uma erva e passou a ser uma Erva de Ogum, justamente pelos pensamentos e sentimento dos Umbandistas e outros crentes naquilo, durante anos. É um magnetismo que nossa fé coloca em determinado objeto ou ritual, e acaba sendo consagrado.
Na postagem anterior, vimos que a Tatiana Tieme falava sobre o receio que alguns umbandistas têm em adentrar um cemitério, com receio de que ali se encontram espíritos desencarnados que podem fazer mal para a pessoa. Para o não umbandista, existe, sim, uma negrégora criada em relação aos cemitérios, afinal de contas ali é o local da última morada das pessoas e existem as tantas almas penadas que vão assombrar todo mundo. Esse pensamento já está enraizado, então gera uma energia naquele lugar que acaba sendo consagrado para espíritos de baixa vibração.
Quando falamos, no entanto, sobre um umbandista entrar em um cemitério, temos que tirar o medo e entender que ali existe o ponto de força do Orixá Obaluaê, que irradia sua energia junto aos Pretos Velhos e aos Exus e Pombagiras da linha dos Caveiras, por exemplo. O umbandista corre um grande risco de esquecer desses fundamentos e, aí si, sair da egrégora da Umbanda e acabar entrando na negrégora mundana. Ora, não é de conhecimento de todos que estamos cercados de irmãos espirituais por onde que r que vamos? Quando estamos em um bar ou dentro de um ônibus, por exemplo, dividimos nossa energia com irmãos desencarnados, muitos deles de baixa vibração, e não e por esta razão que passamos mal todos os dias.
O que o umbandista deve fazer é sempre, independente de onde for, seja num cemitério ou em um supermercado, estar em vigília espiritual, mas sob hipótese alguma ter medo de algum alinhamento energético que possa acontecer com outro espírito. E se acontecer, não é porque a pessoa está em um lugar ou outro, mas porque seus pensamentos e certezas relacionadas à fé não estão fortes o suficiente.
Holopensene ou Inconsciente Coletivo... não importa qual termo resolvam usar. O importante é sempre ter bons pensamentos para não apenas atrair pra si uma energia similar, mas também para ajudar nosso planeta e a todos que nele vivem, a ser um lugar cada vez melhor. Se rituais de magia negra evocam energias de baixa vibração já consagradas no Plano Astral, então que possamos aumentar como nossos rituais e com nossa Fé em Deus, nos Orixás e em toda Espiritualidade, a energia que nos cerca.
Que Oxalá nos abençoe.
Sergio
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