Esquerda e a Evolução Espiritual
A escritora Janaina Azevedo Corral em seu estudo O Livro da Esquerda na Umbanda fala sobre o
papel das entidades que incorporam na Umbanda. Quais seriam essas entidades?
Algumas pessoas dizem que são as mais evoluídas em
comparação a nós, enquanto outras pessoas alegam que são entidades que estão
prestes a entrar no que chama de “nível Divino”, onde se dissociariam de seus
corpos (inclusive os plasmados) e se transformariam em energia pura. Muitos
estudos atribuídos à nossa Espiritualidade, dão conta que os guias espirituais
são divididos em Graus, onde os primeiros (1º, 2º e 3º) seriam seres com
energia muito forte, de impossível incorporação, enquanto um guia de nível 4º
seria um guia muito raro de se incorporar e, quando isso acontecesse é rápido.
Esses guias de 4º nível seriam os falangeiros. Os guias mais comuns a se
manifestarem na Umbanda seriam os de nível 5, 6 e 7 e, ainda assim, em divisões
de linha de trabalho (Preto Velho seriam do nível 5 e caboclos do nível 6,
enquanto outras entidades estariam no 7º nível).
Esse pensamento, porém, apesar de ter certa lógica de
raciocínio por tentar enquadrar a espiritualidade em conceitos que nós,
encarnados e cheios de erros temos como referência, mostra um certo preconceito
com outras religiões, em especial o Candomblé, onde a incorporação de Guias de
4º nível e acima se dá de forma relativamente comum. Além disso, temos que
entender que existe, sim, uma facilidade maior da incorporação de determinados
guias (ou linhas de trabalho, que seja) por parte de uma maior ou menor
experiência do médium, ou de uma determinada missão espiritual daquele médium e
até mesmo do guia que vai lhe acompanhar. Não acredito que um Preto Velho seja
mais ou menos evoluído que um Erê ou um Caboclo.
Quando levamos este conceito para a Esquerda, o preconceito
(e digo esta palavra com entendimento literal da mesma) é ainda maior. Ainda
temos pessoas que confundem um Exu com kiumba (espíritos de baixa vibração com
quase nenhuma moral). Todas as entidades da Umbanda, sejam da Direita ou da Esquerda,
buscam evolução e possuem, desta forma, um forte compromisso com a
Espiritualidade Superior. Todos trabalham no âmbito do perdão e da
misericórdia, porém baseado no conceito da “ação e reação”, da fé e
especialmente do equilíbrio.
Em conversa com Preto Velho, me foi dito que todos os guias
estão, sim, em um grau de evolução maior que o nosso, porém o que os diferencia
não é uma escada na evolução espiritual, mas sua missão perante a
Espiritualidade. Cabe aos Caboclos a manipulação de todo os elementos
energéticos para que consigamos prosperar espiritualmente, para que nossos
caminhos sejam abertos. Aos Pretos Velhos cabe o aconselhamento espiritual para
que possamos encontrar, se seguirmos esses ensinamentos, a plenitude. Um Preto
Velho não é mais nem menos evoluído que um Caboclo, então. São trabalhadores da
Espiritualidade, cada um com uma missão distinta.
Aos trabalhadores da Esquerda, foi dada a incumbência de
atuarem mais próximos a nós, fazendo com que nós nos equilibremos perante a
Espiritualidade, baseado nas ações que tivermos. Os Exus são parte essencial da
“ação e reação” que comentei, porém em tudo que é baseado estritamente em
nossos atos no Plano Material. Sem a atuação firme de Exu, não existiria
equilíbrio algum entre nossas ações enquanto seres encarnados e as
consequências enquanto espíritos em evolução.
Imagine alguém que reza todos os dias para o bem das pessoas.
Alguém que não maldiz o próximo e que louva a Deus de uma forma real. Imagine
que esta mesma pessoa, quando sai do que chamamos de “momento espiritual” (as
orações, por exemplo) pratica atos, mesmo que de forma involuntária, que
prejudicam as pessoas. Esta pessoa está em harmonia com a Espiritualidade, mas
precisa que seus atos gerem consequências para que ele consiga se equilibrar e
evoluir. Exu garante que isso aconteça.
Exu e Pomba Gira são bastante ligados ao pecado, e essa
ligação tem certo fundamento, não com a Entidade em si, mas com o que nós
entendemos como pecado, seja de uma forma didática cristã (que é o que rege a
sociedade de quase todo umbandista), seja pelos conceitos de pecado que estão
enraizados no subconsciente de quase todo mundo. Pecar seria realizar os Sete
Pecados Capitais e também não seguir os Dez Mandamentos. Vamos lembrar da
catequese?
Sete Pecados:
Gula: comer além daquilo que se precisa para sobreviver;
Avareza: enriquecer (ou tentar) ao acumular dinheiro e bens materiais;
Inveja: cobiçar as coisas do próximo;
Orgulho: sentir orgulho ou bem-estar consigo mesmo, a ponto deste sentimento ser o guia da sua vida;
Preguiça: descansar mais que trabalhar;
Ira: sentir raiva por qualquer motivo que seja.
Os Dez Mandamentos:
1 1 Amarás
a Deus sobre todas as coisas (e não terás outros deuses);
2 Guardarás seu Santo Nome e não o dirás em vão;
3 Guardarás domingos e dias santos;
4 Honrarás pai e mãe;
5 Não matarás;
6 Não pecarás contra a castidade;
7 Não roubarás;
8 Não levantarás falso testemunho;
9 Não cometerás adultério;
1 Não cobiçarás as coisas alheias.
2 Guardarás seu Santo Nome e não o dirás em vão;
3 Guardarás domingos e dias santos;
4 Honrarás pai e mãe;
5 Não matarás;
6 Não pecarás contra a castidade;
7 Não roubarás;
8 Não levantarás falso testemunho;
9 Não cometerás adultério;
1 Não cobiçarás as coisas alheias.
Desta forma, podemos entender que quase tudo que consideramos
humanos entra nesta lista do que transforma alguém em pecador. Poucos são os
quesitos que mostram de forma clara o que seria errado: não matarás, não
levantarás falso testemunho, etc. Para nos enquadrarmos em todos os quesitos
acima, teríamos que nos privar da vida mundana e vivermos em isolamento total
de uma sociedade já corrompida.
Os umbandistas, no entanto, apesar de terem uma forte base
cristã, especialmente entre os mais antigos e aos que “migraram” do Kardecismo,
diferem em vários aspectos dos conceitos cristãos-católicos-protestante:
- O sexo é algo sagrado e a união entre duas pessoas é abençoada (mesmo não tendo qualquer intuito de procriação);
- A comida em fartura faz parte das cerimônias (tantas e tantas festas são repletas de pratos típicos, os quais são servidos aos médiuns e à assistência);
- Vivemos em uma sociedade de consumo (e isso independe de nós), então guardar algum dinheiro não é apenas normal como uma necessidade;
- Sentir orgulho nos faz enaltecer nossa identidade e nossa cultura, o que nos permite tranquilamente dizer que pertencemos a uma sociedade;
- O descanso é tão merecido quando o trabalho, e o equilíbrio entre ambos nos torna completos;
- As batalhas (e não a violência) são necessárias para alcançarmos todos nossos objetivos. Ogum, inclusive, é o “Senhor da Guerra”;
- Além de Deus (que, sim é único e a tudo rege) também cultuamos os Orixás;
- Todo dia da semana é sagrado para os Umbandistas, então, não dá para guardar todos eles e se dedicar apenas à religião: temos vida, trabalho, família e tudo o que faz parte do nosso dia a dia e que também é sagrado.
Há de se entender que, mesmo com essas divergências frontais
entre o umbandista e o cristão tradicional, a sociedade que vivemos também não
leva a ferro e fogo tudo o que a Bíblia diz, porém os conceitos básicos
cristãos estão enraizados no que podemos chamar de “Moral Cristã”. Essa moral
não é algo individual, mas cabe a toda a sociedade. Por exemplo: toda sociedade
sabe que é errado roubar, matar, falar mal do próximo, desrespeitar pai e mãe.
Independente de existir uma Lei formalizando isso, fato é que se tratam de
conceitos morais que todos sabemos que devemos seguir, sendo cristãos,
umbandistas, islamistas, ateus, etc.
A Espiritualidade Amiga que guia os umbandistas tem um alto
grau de evolução (o menos evoluído de lá é mais evoluído que qualquer um de
cá), porém sabe que nós ainda estamos nos primeiros passos de nossa evolução,
então não seria certo que eles “cobrassem” uma conduta moral de nós baseado na
evolução que eles têm. A Espiritualidade sabe qual é o tipo de sociedade que
vivemos e cobra que sejamos corretos mediante aquilo que conhecemos e que
podemos, sim, decidir fazer algo de certo e de errado mediante esses conceitos
existentes.
Os guias de Esquerda (em especial os Exus) têm perante a
Espiritualidade a missão de nos acompanhar para que consigamos colher tudo
aquilo que plantamos, conforme o conceito social do que é certo e do que é
errado. Esta missão é de grande importância, pois garante o verdadeiro
equilíbrio do homem perante vida e a Espiritualidade. O conceito amplamente
conhecido de que uma pessoa sob hipótese alguma vai viver sua atual encarnação
“involuindo” só existe pela atuação
de Exu. Se os passos errados que alguém dá não tivesse uma consequência certa, aonde
estaria a evolução espiritual dessa pessoa, que fosse pelo aprendizado através
do erro?
Exu, portanto, não é menos evoluído que Preto Velho ou
Caboclo. Exu tem um trabalho a ser executado diferente dessas outras linhas.
A EVOLUÇÃO DO EXU
Já vimos que perante a Espiritualidade, Exu não tem um
desenvolvimento maior ou menor que outras linhas de trabalho, mas sim funções
distintas. Dito isso, precisamos sempre lembrar que todo Guia de Luz que
trabalha na Umbanda é um indivíduo e possui, desta forma, seus anseios
particulares de evolução e, sendo assim, cada um tem uma missão específica.
Eu gosto sempre de utilizar comparações entre Preto Velho e
Exu, porque são linhas que apesar de trabalharem juntas, são opostas no que
tange à missão que cada uma possui. Utilizando o exemplo dos nosso amados
vozinhos e vozinhas, a maioria deles sofreram em vida o flagelo na carne, sendo
escravos, e passaram por esta missão (não duvidemos que tudo o que de “ruim”
passamos, é uma missão) de uma forma tranquila e serena, sendo já enquanto
encarnados algo parecido com o que conhecemos deles no Plano Espiritual. Eu
entendo o trabalho dos Pretos Velhos como uma consequência natural de sua vida
carnal. Os guias que atuam na linha dos Pretos Velhos (não os falangeiros)
também possuíam características parecidas.
Quando analisamos o passado carnal dos falangeiros na linha
dos Exus e dos guias que incorporam nos terreiros, percebemos que existe um
ponto de convergência em todas as histórias: pessoas que praticaram atos
questionáveis quando encarnados. Alguns desses atos foram coisas realmente
fortes, como assassinatos e tortura.
Quando essas pessoas desencarnavam, além de sofrerem as
mazelas espirituais que certamente os esperavam eram cercadas por espíritos que
garantiam que isso fosse acontecer da forma correta. Após entenderem que eram
seres que haviam feito coisas extremamente erradas e condenáveis sob vários
aspectos, a eles eram dada a possibilidade de reencarnar para que pudessem
“espiar” e pagar por tudo aquilo que fizeram na última reencarnação (olha o
equilíbrio aí de novo), ou em alguns casos, era apresentada a possibilidade de
utilizar o conhecimento da maldade que professaram enquanto encarnados, porém
para trabalhar junto a Espiritualidade Amiga, justamente para prever, punir ou
reverter atos semelhantes causados por encarnados. Em resumo, seria como um
criminoso pudesse ter a oportunidade de ser contratado pela polícia para ajudar
a prever e resolver crimes que ele sabia como praticar.
Enquanto um Preto Velho entrava em uma sequência natural de
sua vida encarnada, o Exu fazia justamente o contrário, deixando de ser um ser
de moral discutível para se tornar um “policial” da Espiritualidade. As
características de sua forma de atuação são bastante distintas dos demais guias
espirituais em diversos aspectos e pelos mais variados motivos. As principais
diferenças e razões para isso são:
DIFERENÇAS
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MOTIVOS
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São mais
truculentos e as vezes parecem ser até mesmo agressivos.
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São indivíduos que
ainda trazem em seu comportamento reflexos de quando encarnados. 1
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Cobram atitudes certas
dos médiuns a todo momento, muitas vezes sequer os perdoando por eventuais
falhas.
|
Por terem a missão
de serem executores, não cabe a eles o perdão (o “perdão” é concedido de
forma natural a partir do momento que o médium “sofre” as consequências de
seus atos). A cobrança existe, pois, apesar de serem Guias Espirituais com
uma missão específica, são indivíduos, então isso pode ocorrer por reflexo da
personalidade daquele guia em específico. Por isso muitas vezes guias com o
mesmo nome de falange agem de forma distinta.
|
Via de regra os
médiuns sentem mais a presença dos guias de Esquerda do que outras linhas de
trabalho.
|
Os guias de
Esquerda estão na faixa vibracional imediatamente próxima a nossa, então
temos essa facilidade pela aproximação. Vale ressaltar que não é uma
aproximação por afinidade espiritual.
|
É mais comum os
guias da Esquerda trabalharem em assuntos de desobsessão e descarregos.
|
Por estarem mais
próximos a nós, estão de forma automática mais próximos aos espíritos
obsessores que nos cercam. Além da missão de trabalhar com os médiuns e os
encarnados de forma geral, também cabe aos Exus a atuação como executores do
carma inclusive dos desencarnados, sendo deles a responsabilidade do início
do resgate dos irmãos desencarnados.
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Atuam de forma
mais assertiva em assuntos relacionados à matéria (dinheiro, abertura de
caminhos, etc).
|
São trabalhadores
espirituais voltados ao equilíbrio, sendo deles a responsabilidade de nos
trazer o equilíbrio material (vivemos em uma sociedade a qual precisamos de
condições mínimas de sobrevivência), em contraponto ao espiritual. 2
|
Atuam de forma
mais assertiva em assuntos relacionados a sexo e relacionamento.
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Especificamente as
Pomba Giras são guias espirituais que atuam na energia do sexo, o que
entendemos ser fundamental para qualquer pessoa, sendo parte da energia vital
do todo indivíduo. O desequilíbrio da energia sexual pode causar diversos
problemas para as pessoas. 3
|
Algumas dessas características fazem com que os guias da
Esquerda sejam considerados como os maiores trabalhadores da Umbanda. Tal frase
tem certa verdade, e essa assertiva se dá pelo fato deles serem os responsáveis
por atender às questões imediatas dos encarnados, mas, além disso, existe o
fato dessa diferença na evolução do indivíduo que trabalha como Exu, por
exemplo, em contraponto aos guias de Direita.
Todos os guias da Esquerda recebem a missão de trabalhar para
a Espiritualidade utilizando seus conhecimentos para trazer o equilíbrio às
pessoas, fazendo com que elas colham aquilo que plantaram, seja algo bom ou
não. Além dessa missão da linha de trabalho, cada um dos indivíduos possui um
carma pessoal a ser cumprido, e para isso há de se analisar o que cada um fez enquanto
encarnado e o que tem que realizar agora como trabalhador da Espiritualidade.
Essa condição que os transforma em trabalhadores que precisam, sim, atuar de
forma mais ampla que outros Guias. Se ao Preto Velho cabe atender quantas
pessoas o procure para aconselhamentos e situações similares, atuando de uma
forma que sua evolução espiritual é consequência de seus atos enquanto
encarnados, ao Exu ou a Pomba Gira existe a necessidade de atuar de forma
completamente oposta ao que eram em vida carnal. Justamente por isso existe uma
necessidade maior de atuação.
A reversão deste carma, no entanto, não é algo simples e
subjetivo ao indivíduo como acontece quando reencarnamos. A pessoa quando
reencarna não sabe o que deve “sofrer em vida” para pagar o carma de encarnações
anteriores. Um Exu, por exemplo, sabe o que fez de errado e aceita “pagar sua
dívida” trabalhando para a Espiritualidade, porém como é um indivíduo, é dado a
ele um número específico de situações que deve realizar para que posso no
mínimo zerar sua pendência cármica.
Vejamos um exemplo prático: um barão de café que vivia em
Minas Gerais em meados do Século XVI maltratava seus funcionários e escravos.
Muitos morreram pelos mal tratos. Perto dos seus 70 anos, ele descobriu que sua
esposa, a qual amava muito, tinha um caso com um capataz. O tal barão assassinou
o funcionário com sete facadas. Após morrer, foi dado a ele a oportunidade de
trabalhar para a Espiritualidade como Exu na religião que ainda seria anunciada
aos povos. Ele assumiu a responsabilidade e adotou o nome de Exu Sete Facadas. A
Espiritualidade, no entanto, disse que além da missão de ser Exu, ele deveria
trazer das trevas para a Luz Divina 100 pessoas para cada escravo que morreu
pelos seus mal tratos, além de 1.000 pessoas para cada facada que proferiu em
seu capataz.
Vamos imaginar que o barão tivesse sido responsável indireto
pela morte de 80 escravos. Ele teria que pagar a dívida de 8.000 resgates por
este carma e mais 7.000 pelas facadas. No todo, Sete Facadas teria que ser o
responsável pelo resgate de 15.000 almas.
Chegamos, então, em um ponto que deve ser bastante analisado,
que é o fato do falangeiro poder ou não poder trabalhar diretamente nos
terreiros para cumprir seu carma. Se analisarmos o caso de Seu Sete Facadas,
por exemplo, vemos que ele desencarnou perto de 1700. Seu resgate deve ter
ocorrido perto de 1800. A Umbanda foi anunciada em 1908, mais de 100 anos após.
É certo que nesse meio tempo Seu Sete Facada já atuava junto a Espiritualidade
para o resgate de almas envoltas nas trevas e à parte dessas almas ele dava a
mesma oportunidade que teve e as convidava para trabalhar como Exu. Quando a Umbanda
foi anunciada, não apenas Sete Facadas mas todos os demais Exus e Pomba Giras
tiveram a oportunidade de colocar seus “soldados” (almas resgatadas que atuavam
com seu nome e com suas regras) para atuar de forma incorporada aos médiuns,
visando o atendimento aos assistidos das diversas casas, para que suas missões espirituais
pudessem ser cumpridas e seus carmas fossem “pagos”.
Mas se o falangeiro não incorpora, como ele pode atuar para
cumprir seu carma pessoal? A resposta é tão simples quanto parece ser: o
trabalho que começa num terreiro termina no Plano Espiritual. Quando um Exu faz
uma “puxada” em um médium que está sendo acompanhado por um obsessor, ele leva
aquele irmão sofredor ao Plano Espiritual para que ele possa ser tratado e, aí
sim, dependendo do caso e com a permissão divina, o falangeiro pode atuar de
forma pontual.
Inúmeros estudos e ensinamentos vindos diretamente da
Espiritualidade dizem que os primeiros falangeiros da Umbanda sequer são os
mesmos (veremos mais adiante o porque) e os mais antigos já estão no limite do
resgate de seu carma, portanto atendem à poucas demandas de seus subordinados,
deixando que eles trabalhem de forma mais direta e com isso consigam evoluir
cada vez mais.
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