segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Mediunidade é Exclusivo dos Espíritas e Umbandistas?


MEDIUNIDADE NÃO É EXCLUSIVO DOS ESPÍRITAS E UMBANDISTAS

Nós já vimos que mediunidade não se trata de um dom exclusivo aos espíritas ou umbandistas. Mediunidade é uma faculdade inerente ao ser humano tanto quanto a fala, o tato, o olfato, etc. Acontece que como a maioria das pessoas pouco utilizam, então acaba atrofiando ou até mesmo estacionando em algum patamar (alguém que tem intuição deixa de ser um médium de incorporação por exemplo).

A forma de mediunidade mais comum é justamente a intuição. Por ser um sentido bastante subjetivo, o indivíduo acaba muitas vezes sequer sabendo que aquilo é parte de sua mediunidade. Quando uma pessoa tem a consciência sobre o que é mediunidade e, principalmente, quando acredita que este sentido exista, na grande maioria das vezes se trata de pessoas espiritualistas (kardecistas, umbandistas, candomblecistas, etc). A pessoa procura um local onde possa prender a desenvolver esta faculdade e, sendo de seu interesse, trabalhar para a Espiritualidade Divina.

Existem alguns casos de pessoas que, não seguindo qualquer doutrina espiritualista, conseguem não apenas desenvolver suas faculdades mediúnicas, mas aprimorá-las e utilizá-las para o bem do próximo. Um dos casos mais emblemáticos, e que mostra categoricamente que a mediunidade, e o seu EFETIVO USO, não tem distinção, é o do padre brasileiro Miguel Fernandes.

Em 1989 um padre no Distrito Federal, que estava à frente de duas paróquias (Santa Filomena e Santa Edwirges), acordou assustado ao escutar uma voz que não conhecia. Ao procurar a pessoa, percebeu que não havia ninguém. Com o tempo, entendeu que ele estava conversando com um espírito desencarnado. Espírito, este, que se apresentou como sendo Frei Fabiano de Cristo (desencarnado em 1747, no Rio de Janeiro). Fabiano de Cristo (como era popularmente conhecido) era de uma ordem de freis dedicada à prática da Caridade.

A partir daquele instante, Padre Miguel Fernandes iniciou um trabalho filantrópico enorme em todo Distrito Federal e algumas cidades do Agreste. Esse trabalho tinha como grande orientador o Frei Fabiano de Cristo, e as ações eram voltadas especialmente ás crianças, mas um dos pontos que diferenciava essas ações das demais que existiam, era que alguns dos dogmas mais antigos da Igreja Católica eram expostos e criticados de forma aberta pelo Padre em comunhão com Frei Fabiano.

Em determinado momento da vida, o Padre Miguel começou a atender incorporado em sua Igreja com o espírito do Frei Fabiano de Cristo, aplicando passes (que chamavam de bênçãos). Essa experiência fez com que o padre Miguel fosse um dos primeiros párocos a assumir que existem, sim, fortes indícios da reencarnação, o que ainda é considerado algo impensado na alta cúpula da Igreja Católica.

No meio evangélico, tudo que não pode ser explicada ou atribuída a Deus e Jesus, é demonizado. Se não está na Bíblia, então será atribuído a Satanás. Fato é que muitos evangélicos conseguem desenvolver alguma faculdade mediúnica, mas tem pouca compreensão sobre o que está acontecendo, então aquela manifestação de sua mediunidade acaba sendo ou escondida, ou mistificada através do que eles chamam de “falar na língua dos anjos”.

Rodrigo PNT é presbítero evangélico e, compreendendo que existe um canal mediúnico com o Plano Espiritual, resolveu estudar mais as manifestações de espíritos no meio evangélico. Quanto mais estudava, passou a desenvolver sua mediunidade ao ponto de conseguir ter a clarividência (visão) de espíritos, e garante que os trabalhos de retiros espirituais que os evangélicos realizam, na maioria das veze existe um suporte do Plano Espiritual, feito por seres que se apresentam com a roupa fluídica de índios. Vejamos um trecho de um artigo de Rodrigo: “Há alguns anos estive em um monte próximo da minha cidade junto com alguns irmãos no intuito de orar, nós havíamos nos perdido do grupo e perambulávamos só iluminados pela lanterna que trazíamos. De repente o céu ficou claro como noite de lua cheia, o que iluminou totalmente o carreiro onde andávamos e assim pudemos encontrar o grupo que estava a alguns passos de nós, já nervosos pela nossa demora. Outra feita, quando orávamos, vi chegarem alguns indivíduos no local onde estávamos, mais ou menos em número de vinte, e se puseram também a orar. Eles eram muito altos e pareciam que eram liderados por um mais alto que eles, o qual se pôs bem à minha frente e ficou me olhando por alguns momentos. Não tive medo dele.

Após a oração descemos o monte e eu perguntei para o pastor que tinha organizado a reunião no monte por que aqueles irmãos haviam se atrasado e ele respondeu que não havia mais ninguém lá, só nós, que éramos oito. Os outros irmãos também não tinham visto nada, aí eu deduzi que eram espíritos que ali vieram confraternizar conosco”.

Mesmo entre os espiritualistas existe uma grande diferença na manifestação mediúnica. Um médium umbandista cede seu corpo de forma passiva (por isso o termo “dar passividade”) de forma comum e recorrente nas giras, enquanto ao médium espírita (kardecista) a manifestação ocorre mais através de mensagens intuitivas e até mesmo escrita (vejamos o médium Divaldo Franco, por exemplo, com mais de 250 livros publicados com tiragem de aproximadamente 8 milhões de unidades), algo que não é comum entre os umbandistas.

Temos que ter a certeza que sob hipótese alguma a Espiritualidade Divina escolheria a dedo quais pessoas podem ou não utilizar determinada faculdade. O que diferencia é o conhecimento que a pessoa terá sobre aquilo e como resolverá fazer seu desenvolvimento mediúnico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário