MEDIUNIDADE NÃO É EXCLUSIVO DOS ESPÍRITAS E UMBANDISTAS
Nós já vimos que mediunidade não
se trata de um dom exclusivo aos espíritas ou umbandistas. Mediunidade é uma
faculdade inerente ao ser humano tanto quanto a fala, o tato, o olfato, etc.
Acontece que como a maioria das pessoas pouco utilizam, então acaba atrofiando
ou até mesmo estacionando em algum patamar (alguém que tem intuição deixa de
ser um médium de incorporação por exemplo).
A forma de mediunidade mais comum
é justamente a intuição. Por ser um sentido bastante subjetivo, o indivíduo
acaba muitas vezes sequer sabendo que aquilo é parte de sua mediunidade. Quando
uma pessoa tem a consciência sobre o que é mediunidade e, principalmente,
quando acredita que este sentido exista, na grande maioria das vezes se trata
de pessoas espiritualistas (kardecistas, umbandistas, candomblecistas, etc). A
pessoa procura um local onde possa prender a desenvolver esta faculdade e,
sendo de seu interesse, trabalhar para a Espiritualidade Divina.
Existem alguns casos de pessoas
que, não seguindo qualquer doutrina espiritualista, conseguem não apenas
desenvolver suas faculdades mediúnicas, mas aprimorá-las e utilizá-las para o
bem do próximo. Um dos casos mais emblemáticos, e que mostra categoricamente que
a mediunidade, e o seu EFETIVO USO, não tem distinção, é o do padre brasileiro
Miguel Fernandes.
Em 1989 um padre no Distrito
Federal, que estava à frente de duas paróquias (Santa Filomena e Santa
Edwirges), acordou assustado ao escutar uma voz que não conhecia. Ao procurar a
pessoa, percebeu que não havia ninguém. Com o tempo, entendeu que ele estava conversando
com um espírito desencarnado. Espírito, este, que se apresentou como sendo Frei
Fabiano de Cristo (desencarnado em 1747, no Rio de Janeiro). Fabiano de Cristo
(como era popularmente conhecido) era de uma ordem de freis dedicada à prática
da Caridade.
A partir daquele instante, Padre
Miguel Fernandes iniciou um trabalho filantrópico enorme em todo Distrito
Federal e algumas cidades do Agreste. Esse trabalho tinha como grande
orientador o Frei Fabiano de Cristo, e as ações eram voltadas especialmente ás
crianças, mas um dos pontos que diferenciava essas ações das demais que
existiam, era que alguns dos dogmas mais antigos da Igreja Católica eram
expostos e criticados de forma aberta pelo Padre em comunhão com Frei Fabiano.
Em determinado momento da vida, o
Padre Miguel começou a atender incorporado em sua Igreja com o espírito do Frei
Fabiano de Cristo, aplicando passes (que chamavam de bênçãos). Essa experiência
fez com que o padre Miguel fosse um dos primeiros párocos a assumir que
existem, sim, fortes indícios da reencarnação, o que ainda é considerado algo
impensado na alta cúpula da Igreja Católica.
No meio evangélico, tudo que não
pode ser explicada ou atribuída a Deus e Jesus, é demonizado. Se não está na
Bíblia, então será atribuído a Satanás. Fato é que muitos evangélicos conseguem
desenvolver alguma faculdade mediúnica, mas tem pouca compreensão sobre o que
está acontecendo, então aquela manifestação de sua mediunidade acaba sendo ou
escondida, ou mistificada através do que eles chamam de “falar na língua dos
anjos”.
Rodrigo PNT é presbítero evangélico e, compreendendo que existe um
canal mediúnico com o Plano Espiritual, resolveu estudar mais as manifestações
de espíritos no meio evangélico. Quanto mais estudava, passou a desenvolver sua
mediunidade ao ponto de conseguir ter a clarividência (visão) de espíritos, e
garante que os trabalhos de retiros espirituais que os evangélicos realizam, na
maioria das veze existe um suporte do Plano Espiritual, feito por seres que se
apresentam com a roupa fluídica de índios. Vejamos um trecho de um artigo de
Rodrigo: “Há
alguns anos estive em um monte próximo da minha cidade junto com alguns irmãos
no intuito de orar, nós havíamos nos perdido do grupo
e perambulávamos só iluminados pela lanterna que trazíamos. De
repente o céu ficou claro como noite de lua cheia, o que iluminou
totalmente o carreiro onde andávamos e assim pudemos encontrar o
grupo que estava a alguns passos de nós, já nervosos pela nossa demora. Outra feita,
quando orávamos, vi chegarem alguns indivíduos no local
onde estávamos, mais ou menos em número de vinte, e
se puseram também a orar. Eles eram muito altos e pareciam que eram
liderados por um mais alto que eles, o qual se pôs bem à minha frente e ficou
me olhando por alguns momentos. Não tive medo dele.
Após a oração descemos o monte e eu perguntei para o
pastor que tinha organizado a reunião no monte por que aqueles irmãos haviam se
atrasado e ele respondeu que não havia mais ninguém lá, só nós, que éramos oito.
Os outros irmãos também não tinham visto nada, aí eu deduzi que
eram espíritos que ali vieram confraternizar conosco”.
Mesmo entre os espiritualistas existe
uma grande diferença na manifestação mediúnica. Um médium umbandista cede seu
corpo de forma passiva (por isso o termo “dar passividade”) de forma comum e
recorrente nas giras, enquanto ao médium espírita (kardecista) a manifestação
ocorre mais através de mensagens intuitivas e até mesmo escrita (vejamos o
médium Divaldo Franco, por exemplo, com mais de 250 livros publicados com
tiragem de aproximadamente 8 milhões de unidades), algo que não é comum entre
os umbandistas.
Temos que ter a certeza que sob
hipótese alguma a Espiritualidade Divina escolheria a dedo quais pessoas podem
ou não utilizar determinada faculdade. O que diferencia é o conhecimento que a
pessoa terá sobre aquilo e como resolverá fazer seu desenvolvimento mediúnico.
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